As reações alérgicas podem ser desencadeadas em qualquer parte do organismo, por isso reconhece-las nem sempre é muito fácil. Metade da população mundial apresenta sintomas alérgicos, desses 50% sofrem efetivamente de algum tipo de alergia mediada por IgE e na maioria deles os sintomas muitas vezes podem ser semelhantes a qualquer outra doença, fazendo com que a alergia não seja diagnosticada.
Os sintomas geralmente aparecem nas regiões do organismo onde a reação foi desencadeada, sendo característicos do alérgeno e da via de entrada do mesmo, já que comumente eles se desenvolvem onde as substâncias mediadoras são liberadas. Por exemplo, a conjuntivite desencadeia olhos vermelhos e coceira da conjuntiva, a asma a respiração difícil e dispneia, a rinite o inchaço da mucosa nasal, entre outros exemplos típicos. Os sintomas podem variar de leves e quase imperceptíveis a muito severos. Alguns sintomas alérgicos são tão severos, que podem ser até mortais como, por exemplo, o edema de glote (que pode obstruir a respiração) e a resposta alérgica sistêmica, chamada de anafilaxia, que pode potencialmente alcançar condições de severidade gravíssimas e morte.
Os sintomas característicos mais comuns nas alergias são: espirros, nariz obstruído, coriza, prurido, lacrimação, urticárias, edemas, falta de ar ou outras reações. As manifestações clínicas tipicamente alérgicas variam muito, desde um lacrimejamento e coceiras, até doenças autoimunes graves (lúpus eritematoso, asma brônquica, etc.). Na pele, as alergias podem se manifestar como urticárias, dermatites ou eczemas. Nas vias aéreas podemos apresentar rinite alérgica, coceiras no nariz, surtos de espirros, coriza e congestionamento da mucosa nasal. No sistema digestivo, a alergia pode causar náuseas, cólicas, vômitos e diarreias. Assim, a resposta alérgica pode afetar qualquer órgão humano.
Além disso, um paciente atópico pode habitualmente desenvolver um histórico de doenças alérgicas características com o decorrer da idade, também conhecido como “marcha atópica”.
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