O Que é?

// Entendendo a Alergia


A alergia é uma resposta anormal e exagerada do sistema imunológico contra substâncias estranhas ao organismo, os chamados alérgenos, que gera uma reação de hipersensibilidade. As doenças alérgicas estão presentes diariamente na população, sendo associadas a alérgenos comuns do ambiente, como alimentos, pólens, ácaros, fungos, insetos, materiais diversos (metal, plástico, etc.) e medicamentos. Essas substâncias podem ser inaladas, ingeridas, injetadas, colocadas em contato com a pele ou, em alguns casos, são decorrentes de sensibilidades congênitas ou hereditárias.

As alergias são bastante específicas e só se ativam pela determinada substância que causou a sensibilização. Essa substância geralmente é inócua e podem não causar alergias a outras pessoas. Ou seja, diferente de outras doenças os antígenos das alergias (os alérgenos) geralmente são substancias naturais inofensivas.
É evidente o aumento exponencial da frequência de doenças alérgicas no decorrer das últimas décadas. Esse crescimento é mais intenso em grandes centros urbanos e industrializados, provavelmente pelo fato da alergia poder ser desencadeada e influenciada por fatores internos e externos ao organismo.

A via típica de aquisição da alergia ocorre quando os alérgenos entram em contato com o organismo e é reconhecido de forma atípica como uma substância nociva, induzindo a produção de células de memória para síntese de anticorpos específicos. Esse processo é conhecido como sensibilização e, por isso, as vezes “passamos a ter alergia” de algo que não tínhamos antes, pois na sensibilização muitas vezes não há uma resposta alérgica.
Em um segundo contato, os anticorpos reconhecem o alérgeno rapidamente e estimulam a ativação dos mastócitos, que determinam a liberação de mediadores potentes, principalmente a histamina, mas também heparina, leucotrienos e outros. Esses mediadores acabam por provocar os sintomas alérgicos, a chamada resposta hipersensível ou reação alérgica, geralmente danificando tecidos e causando inflamações.

Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2007. Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 31, Nº 2, 2008
Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2007.
Rev. bras. alerg. imunopatol. – Vol. 31, Nº 2, 2008


O que caracteriza a alergia é a capacidade do organismo de se sensibilizar, ou seja, de se tornar alérgico. Por isso, é possível observar casos de pessoas que comem um alimento ou tomam um medicamento durante anos, antes de tornarem-se alérgicos a eles. O que ocorreu durante este tempo foi a sensibilização.

Anticorpos ou Imunoglobulinas são proteínas específicas que atacam o corpo estranho (antígeno) contra o qual foram produzidas. Elas são subdivididos em classes (A, G, M, E, D) conforme suas propriedades biológicas, localizações funcionais e ação.

E muitos dos casos, existe um fator hereditário para o desencadeamento de uma alergia. Assim, filhos de pessoas alérgicas apresentam maior propensão a apresentar alergias. Entretanto, a propensão não significa que é obrigatório que a apresentem. Além disso, é possível que um filho tenha alergias que os pais nunca apresentaram. Para os casos de suscetibilidade genética é dado o nome de alergia atópica.

Em geral, nas alergias atópicas é comum observar o desenvolvimento de certas alergias com o aumento da idade, assim, é mais comum a manifestação de alergias alimentares durante a infância e, conforme o decorrer dos anos, eles passam a apresentar alergias inalatórias. As alergias de pele também tendem a diminuir com o tempo.

Food Allergy Research and Education, FARE





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